Consumo verde: Eco-friendly como estilo de vida

4 de outubro de 2009 - Revista Muito

Katherine Funke

Foto: Santinha
A mudança dos padrões de consumo exige uma transformação cultural do consumidor. Sabendo disso, pense em todas as coisas que você consumiu hoje, desde a hora em que saiu da cama até agora. Avalie: de onde vieram esses objetos? Você realmente precisa deles? Durante a produção, houve algum cuidado para reduzir desperdícios? E mais: quantos litros de combustível tiveram de ser queimados no transporte? Esse tipo de pergunta deve fazer parte de todo ato de consumo consciente, consumo responsável, consumo verde ou eco-friendly.
Fabricantes de automóveis como, General Motors, a Fiat e Toyota, estão investindo em carros elétricos por conta da crise financeira por conseqüência das ações da sociedade de consumo. Os carros são uma resposta para a certeza de que o colapso chegará, e com tudo, para mercados que ignorem a importância da sustentabilidade para o planeta. No Brasil, um terço de tudo o que se compra vai direto para o lixo. De acordo como Instituto Akatu, de São Paulo.
Henry Wilians Rizzardi, diretor da AFG, empresa que está instalando filial na Bahia, com foco em energias alternativas, crédito de carbono e desenvolvimento limpo, acredita que a tendência seja, a solidificação do mercado verde e da consciência verde no Brasil e no mundo. A idéia, não como necessidade e sim como estilo de vida, já toma conta de discussões em todo planeta.
A artista plástica Denise Noronha, 48, especializada em ecovilas recomenda a mudança como incentivo para que as indústrias percebam que a transformação, nesses padrões de consumo è necessária ao bem estar comum. Robson Oliveira, 50, fotógrafo e cientista coordena o Floresta Mobile, um projeto que recicla restos de madeireiras maranhenses e cearenses e transforma esse material em móveis de alto design.

Foto: Santinha
Como um dos modelos, a poltrona Kyoto que virou símbolo da Unesco por ser o produto que garante a segurança alimentar de moradores do campo, ao mesmo tempo em que proporciona a baixa das emissões de carbono. Salvador já possui uma cooperativa que colabora com o consumo consciente.
A Colivre (Cooperativa de Tecnologias Livres) que fica no bairro do Canela, em Salvador e acaba de lançar a rede social colaborativa Noosfero. Programa que já foi traduzido para outras línguas como francês, inglês, português e armeno. Os benefícios em relação a outras redes sociais são a autonomia sobre o potencial da ferramenta e, do ponto de vista político, a não-colaboração com corporações comerciais que captam gratuitamente informações dos usuários para vender a outras empresas.
A designer de moda e educadora Alethea Yf, 35 sonha com o dia em que todas as roupas serão produzidas de forma socialmente justa – ou seja, com matéria-prima ecológica, respeito aos trabalhadores envolvidos, redução de poluição no processo e nos deslocamentos necessários para as peças chegarem ao consumidor final. Ela ajudou a coordenar uma confecção totalmente responsável em Salvador. Porém, o mercado local não conferiu sustentabilidade econômica ao projeto da marca Toca. Mas Aletha não desiste. Produz roupas com dupla função. Exemplo disso é o vestido-saia que pode ser utilizado das duas formas.
Seja consciente, também no lazer. Evite jogar lixo na areia da praia. Sacolas, embalagens de plástico e pontas de cigarro, latas de alumínio e palitinhos são os objetos mais encontrados nas areias das praias (os dados foram constatados pelo Interact Club de Lauro de Freitas. O grupo têm feito limpeza na areia do Porto da Barra e da Praia do Surfe, em Villas do Atlântico). Esses materiais são levados pela maré podendo sufocar os peixes e outros animais que dependem da limpeza do habitat para viver. Na área de tecnologia, também é possível ter consumo consciente.

Foto: leo.pire.to
Softwares livres podem ser usados, copiados e alterados sem que sejanecessário pagar nada por isso. Optar por um software livre é uma atitude verde em muitos sentidos. Em primeiro lugar, significa eliminar gastos com deslocamentos e embalagens, já que esses programas estão disponíveis para download na internet. A medida também evita o descarte de máquinas antigas. Para uma melhor performance da máquina, muitas vezes, não é preciso trocar de computador, e sim de software. Em caso de grandes redes, também se podem ligar computadores antigos em um servidor mais potente, em vez de trocá-los.
Desperdício de alimentos, gasto excessivo de água e energia e geração de lixo costumam estar presentes em qualquer cozinha. Mas é preciso muito pouco para mudar hábitos. O óleo usado em frituras, por exemplo, pode ser transformado em sabão para uso doméstico. Luciano Hocevar, 48, engenheiro químico, fundou há seis anos uma empresa de reciclagem de óleo de soja e de dendê.
A Renove recolhe o material em restaurantes, condomínios e outros empreendimentos, beneficia e vende para outras empresas, que o transformam em sabão, massa de vidraceiro, cosméticos e tintas. No site da ONG Paciência Viva você ainda encontra dicas de como colaborar no consumo consciente e estilizar a sua vida com a nova tendência do mercado. Sustentabilidade e consumo consciente.

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